terça-feira, 27 de abril de 2010

parte

noutro dia eu naveguei em você com tanta sede que eu me perdi dentro de mim.
foi um mergulho nessa realidade líquida que enfrento diariamente em você, em nós.

(...)

terça-feira, 20 de abril de 2010

feito gente grande.

Dona da Minha Cabeça
(Composição: Geraldo Azevedo / Fausto Nilo
)

Dona da minha cabeça ela vem como um carnaval
E toda paixão recomeça, ela é bonita, é demais
Não há um porto seguro, futuro também não há
Mas faz tanta diferença quando ela dança, dança

Eu digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, bonita
Digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, é bonita

Dona da minha cabeça quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões de vezes

Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça
Nunca me esqueça, eu não te esqueço jamais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, bonita
Digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, é bonita

terça-feira, 13 de abril de 2010

e-mails


AMIZADE FEMININA


CERTA NOITE, UMA MULHER NÃO VOLTOU PARA CASA... NO DIA
SEGUINTE, ELA DISSE AO MARIDO QUE TINHA DORMIDO NA CASA DE UMA
AMIGA... DESCONFIADO, O HOMEM TELEFONOU PARA AS 10 MELHORES
AMIGAS DA MULHER, E... NENHUMA SABIA DE NADA...

MORAL DA HISTÓRIA: Ô RAÇA DESUNIDA.


AMIZADE MASCULINA

CERTA NOITE, UM HOMEM NÃO VOLTOU PARA CASA... NO DIA
SEGUINTE, ELE DISSE À ESPOSA QUE TINHA DORMIDO NA CASA DE UM
AMIGO... DESCONFIADA, A MULHER TELEFONOU PARA OS 10 MELHORES
AMIGOS DO MARIDO E... 08 DELES CONFIRMARAM QUE ELE TINHA PASSADO
A NOITE NA CASA DELES E 02 DISSERAM QUE ELE AINDA ESTAVA
LÁ...

MORAL DA HISTÓRIA: Ô RAÇA FILHA DA PUTA.

***


Frases e procedimentos para sobreviver a uma mulher com TPM nas situações do dia-a-dia:
Você chega em casa com aquela fome...

PERIGOSO: O que tem pro jantar?
SEGURO: Posso te ajudar com o jantar?
SEGURÍSSIMO: Onde você quer ir pra jantar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

Vocês vão a uma festa e ela diz: Amor já estou pronta...

PERIGOSO: Você vai vestir ISSO?
SEGURO: Nossa, você fica bem de marrom!
SEGURÍSSIMO: Uau! Tá uma gata!
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

Ela diz: Como você é grosso!

PERIGOSO: Tá nervosa por quê?
SEGURO: Tudo bem que eu poderia ter avisado, assumo meu erro!
SEGURÍSSIMO: Vem, deixa eu te fazer um carinho...
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

Na hora daquele super almoço de domingo...

PERIGOSO: Será que você devia comer isso?
SEGURO: Sabe, ainda tem bastante maçã.
SEGURÍSSIMO: Quer um copo de vinho pra acompanhar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

Você chega em casa tarde, e ela está sentada no sofá...

PERIGOSO: O que você fez o dia todo?
SEGURO: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje amor.
SEGURÍSSIMO: Adoro quando você usa esse baby doll!
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

E algumas definições para TPM:

TPM = Todos os Problemas Misturados
TPM = Tendências a Pontapés e Murros
TPM = Temporada Proibida para Machos
TPM = Tocou, Perguntou, Morreu
TPM = Tente no Próximo Mês
TPM = Tempo Pra Meditação
TPM= Treinadas para matar

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gabriela...

é triste, mas é verdade, na vida dela as coisas vão e vem...

aquilo que não é aquilo, mas é como se fosse aquilo, gasta o que já acabou, e o teor do retorno vem como fel, pra não dizer mais e nem pior...

___

chegou como se estivesse entrando no paraíso, mas logo na portaria, tinha uma daquelas pessoas que cismam em tomar conta da vida alheia e foi logo se intrometendo, perguntou de onde veio, para onde queria ir, disse que ali não era lugar para estar, que era tarde, que ela teria que fazer a sua própria comida, perguntou quantos anos a forasteira tinha, se os seus filhos a acompanhavam, perguntou se ela tinha vícios, se gostava de café, quanto era o seu rendimento mensal, se era viúva, por que não estava acompanhada... e mais outras tantas mil perguntas. A "porteira" parecia uma espécie de poste, alí, esquecida do mundo, contando de tudo, acompanhando as corujas.
Tinha o aspecto de uma quase bruxa, daqueles de conto de fadas, mas não enganava muito. Embora fumasse muito e tivesse todos os dentes muito amarelados, suas vestes não eram tão incomuns, poderia se passar por alguém, desde que se mantivesse calada. O seu hálito não era o que se podia chamar de bom.
Os seus olhos mantinham um brilho tímido, parecendo estar ali somente para afirmar a beleza daquele corpo em tempos remotos... como para confrontar com aquilo que se plantou nem na entrada e nem na saída, em lugar nenhum. No meio do caminho.
Se houvesse algum comentário, seria esse, uma pedra no meio do caminho, um troco seco crescido, daqueles que incomodam, mas ninguém nota ou se dá ao trabalho de mudar, pois não servem nem para a sobra e nem para lenha.
E a menina viajante de pele quase branca, um pouco amarelada pelo sol, permanecia na entrada do paraíso, impaciente, mas respondendo com o pouco de energia que lhe restava a algumas das perguntas daquele ser estranho parado à sua frente barrando a passagem.
Enquanto tentava vencer pelo cansaso a quase bruxa porteira, Gabriela se perdia em lembranças...

... Algo naquela senhora a fazia pensar no que foi a sua vida até aquele ponto. Lembrou-se de quando saiu de casa pela primeira vez. Foi e voltou, não por vontade própria, mas pela doença de sua mãe, que veio tão rápida e avassaladora quanto fora. Foi Gabriela colocar o pé na estrada, literalmente, para que a sua mãe caísse em moléstia profunda, e bastou ela colocá-lo novamente em casa para que tudo se resolvesse como mágica, a doença se ia como poeira. Na época, com apenas 15 anos, se culpava por tudo, manteve o medo da morte, medo do amanhã, medo da estrada e do desconhecido, mas agora, passado alguns anos, isso não a limitava tanto mais. Depois de tantas perdas, ela enfim percebeu que as pessoas se vão e que querendo ou não, a vida continuava. Era somente isso. Então como que por vontade súbita, resolveu fazer, ir, seguir a sua vida. E agora ela se lembrava daquela face pálida que ela outrora deixara para trás. Não sentia dor, não sentia remorso... era estranho tudo aquilo, era como se aquela figura fosse um pouco o que ela lutou para deixar durante anos... Metade do tempo e da paciência que nutria por aquele momento se devia a esse fato.

Depois de muito que tentou, resolvei se deitar por perto da figura que te causava tanto. Deitou e chorou, timidamente chorou!
Chorou pela distância, pela metade do que um dia foi, que agora já não era mais, pela outra metade que virou nada. Chorou pela liberdade que ela julgava ter, mas que era só chuva, dor e alfinetes.
Gostava de viver pelos caminhos, conhecendo lugares, coisas, pessoas, mantinha viva a impressão de que tudo esteve guardado o tempo todo para ela, mas depois daquele momento não se sentia mais dona de nada... Teve vontade de ligar, mas passado tantos anos, talvez nem fosse mais o nesmo número, talvez do outro lado uma voz desconhecida tivesse o desprazer de anunciar o pesar... pensou tanto que pensando dormiu!

Dormiu e ainda dorme... esperando um dia acordar no paraíso.

(...)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

grão

Monte Castelo
Legião Urbana - Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...

O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...

É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...

Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...


[se eu contar ninguém acredita... mas a minha mãe sabe!]