domingo, 21 de setembro de 2008

companheiro

de mim pra você é algo tão simples que a sinceridade não precisa ser nomeada.
é sempre verdade estampada na capa,
tudo que há de bom ou ruim...
por que por você superei meus limites,
por você aprendi que a doação é uma ação própria.

quando o tempo nosso é um só, não há espaço,
me perco negando e aceitando doces festejos...
me perco quando o seu retrato não está estampado assim como quero,
mas me acerto quando você se preocupa em me acertar,
quando suas ligações me fazem perceber que é como deve ser.

de você pra mim é estampado,
algo que transparente se turva, mas sabe ser real,
sem pseudo satisfações,
por que eu sei que o que você sente é mais do que esperava,
por que me ter ao seu lado é algo que você ainda não mensura,
mas sabe sentir como eu.

é assim, esse arroz com feijão,
esse café com leite adocicado,
essa grande e divertida investida a favor do amor.

obrigada por me fazer tão feliz e tão viva dentro de mim!
OBRIGADA.
*temos muito o que viver ainda... prepare-se!*

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

da norma pra pesca...

para acessibilidade eu te nomeio o senhor do nada,
para minha notória falta,
você, o sol de uma galáxia distante,
desconhecido para meus traços incertos e imprecisos.

Norte do corpo do rio desfalecido,
secura da dor que consome o ar que você respira,
fala perdida de conhecimento preenchido por anos.

fechado,
o tal do barra que não entra,
não existindo citação preposta, suposta, prevista.
a música que minha boca faz,
o olhar que tens para vigiar o orvalho que ainda não caiu.

várias espécies das espécimes de cór que não há de haver,
vindos da decoreba da rê, pro ré.final do ano de próxima.
há há há.
fim de alma,
anciosidade de nós.
fim de por agora.
complementado no corpo pra encorpar a ida que virá.

(passarinho que come pedra sabe o CU que tem. - sussy rego; na peça 7 minutos, me contado por marcão.)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

em construção

com o tempo o ser humano aprende que se aprende errando, mas que errar demais não tem nada de humano.
que nossos limites são os limites da sociedade quando não sabemos o que é limite.
aprende que amigos nunca são amigos e que mães são sempre mais do que apenas mães.
suspeita que não aprende tudo, daí deixa parte pra imaginação e pra intuição.
descobre que dores físicas vem, na maioria das vezes, do fundo da alma e que para curá-la, não existe doutor.
com o tempo nós percebemos que somos parte vital de um sistema, mas que somos descartáveis mesmo assim, por que o que gera o efeito é a causa e não o contrário.
descobrimos que não basta ser, para algumas pessoas isso é muito pouco.
a vida ensina que não devemos confiar em qualquer um, mas o coração desrespeita, mesmo quando a intuição diz que a vida está certa.

nós sentimos muito mais do que pensamos,
nós nos entregamos muito mais do que queremos,
as decepções nos consomem mais do que a fome ou o sono... pois o efeito psicológico tem muito mais causa.

(...)

um dia um ladrão, após ter roubado tudo o que podia ser carregado, percebeu que aquela casa no meio o quarteirão estava muito mais cheia do que jamais estivera. ele então descobre que todos os empréstimos que fez não o resolvera em nada. olha abismado a situação daquela família que tinha tudo e agora não tem mais nada e olha descontente para sua própria família, que agora enfim podia ter tudo mas no fundo não tinha nada... não era ele, nada daquilo era dele.
a vida inteira ele buscou o que os outros tinham e se esqueceu de construir o seu próprio mundo, seus livros jamais haviam sido lidos, seus sonhos estavam todos engavetados, seus amigos só lhe acompalhavam quando a felicidade deles não contrastava com o vazio que carregava consigo, e ao perceber isso, notou que aquela adormecida parte de seu coração despertou o seu raciocínio mais voraz.
algo o incomodou, não podia continuar daquele jeito.
viu que seus pais já não estavam mais lá para abraçá-lo e que não existiam conselhos mais, tudo se fora.
sentiu que o que ele vivia era uma vida emprestada, seus parentes o amavam, mas ele era um intruso. conflitava com seus livros infantis e refletia ao olhar par a parede.
durante toda sua vida teve a certeza de que fizera as melhores escolhas, andava com as melhores pessoas, vestia-se da melhor forma, mas aquilo era um retrado o que ele gostaria de ter sido, mas não pode ser.
enfim ele justificou sua vida como se cada um tivesse aquilo que merecesse, mas no fundo ele sabia que não era bem assim...

(...)

sábado, 13 de setembro de 2008

só deus que mata???!!

tem gente que diz que tem problemas, mas tah né, quem vai ir com a cara pra bater e dizer que não doeu. hoje indo pro curso (é, faço mil coisas), fui escrevendo e viajando em algo que eu nem sei se foi real, e de fora eu enxergava outro mundo, sééério! não foi brincadeira, eu via que a minha vizinha de cadeira estava alí, a ponto de quebrar minha caneta, (não sei o que parecia a atrapalhar mais, se meu fone no último volume ou o risque-risque da caneta), via também que o cara lá do fundo que tava sentadinho no cantão tava muuuuito querendo ver o que eu escrevia, e os meninos que pareciam amigos da paula (sem ofender), achavam que pelo fato de eu estar de fone eu não estava os ouvindo gritar aquelas idiotices... se bem que, menino pequeno é sempre menino pequeno.
daí eu já estando em outra dimensão, estava tentando estar me concentrando no que eu queria estar fazendo e pronto, eu já estava chegando no ponto de destino... guardei tudo e abortei aquela experiência. UFA!

(...)
até que tava inspirada, mas ele chegou (é, o irmão), que foi alí buscar uma cerveja pra tomar (ABSURRRDO! são 3:46 - só pra constar!), e tah aqui me cercando e batendo os dedinhos....
vou ter que ir, volto depois pq eu tô quase em sono e admito, aquelas mensagens me deixaram levemente feliz!
há!


*ai ai... adoro isso!
bjooooooo!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

criativando.

quero abraços quentes,
abraços de amigo,
abraço de urso...

pra preencher a falta que faz,
um cobertor,
um sorriso,
um aperto de mão.

quero mais para o que é sempre menos,
menos para o que é mais...
por que menos é sempre mais.

quero uma letra para bordar,
um gravador para gravar a sua risada
e escutar no ônibus.
Uma nota pra cantar quando meus olhos virem os seus,
por que só existe uma causa,
uma razão e um só tom.

(...)

são as borboletas dentro de mim...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

pimpão

eu não sinto falta de você,
mas queria que estivesse aqui.

por quê quando você me toca,
você me dá muitas razões,
mas nunca uma escolha.

não sei o que acontece,
eu não gosto do seu amor,
não gosto do seu gosto,
não gosto de te olhar,
mas eu faria tudo exatamente igual.

eu sinto a sua falta quando eu olho para dentro,
quando o seu cheiro chega a mim e você não,
sinto saudade quando vou dormir e a cama está fria.

espero por você todas as noites sentada no mesmo lugar e você não está lá.
meu telefone já não toca o seu número,
só minha memória registrou nosso momento.
já nem me lembro mais do teu rosto,
fantasio a respeito de quase tudo...
teu nome, até um dia.

e eu achei que iria me apaixonar.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

você e eu

eu tenho fome de algo que você não pode me dar,
eu tenho sede de líquidos quentes que você não tem,
tenho vontades de amigos que você não entende,
tenho valores que você não compartilha...

*

se na minha casa tem morango e na sua baunilha,
se eu levo o pão e você empresta o queijo,
se o meu chá é melhor do que o seu café morno,
venha comer aqui,
eu divido com você e juntos somos mais gostosos.

quando a sua música não te faz dormir e o meu cafuné sim,
quando eu tenho sonhos que só você sabe acalmar,
quando nossos amigos chegam e a gente põe a mesa no chão,
quando o filme acaba e começa outra emoção...

é com você que eu quero acordar,
com você que quero brigar,
é com você...
porque é só com você
que meu corpo ferve.

(...)

*

e se eu sonho acordada é por quê eu ainda não sei,
se você e eu não combinamos,
é isso que eu não quero ter.
enquanto isso vou amando você.